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terça-feira, 18 de março de 2014

Peixes: nossos aliados contra mosquitos

Os peixes podem ser nossos aliados contra mosquitos

Embora sejam transmissores de doenças graves como dengue, malária e febre amarela, os mosquitos, assim como todos os seres vivos são importantes para o equilíbrio dos ecossistemas. Eles atuam como polinizadores, ajudando na reprodução de inúmeras plantas e servem de alimento para aves, anfíbios e outros animais. Por isso não queremos o fim dos mosquitos, mas também não queremos ser o alvo de suas picadas. Podemos evitar a proliferação de desses insetos se mantivermos fechados os reservatórios de água, como poços e caixa d'água; se não deixarmos acumular água em latas, pneus e garrafas; se substituirmos a água de vasos de plantas por areia; se lavarmos os bebedouros dos animais domésticos uma vez por semana; e, também se criarmos peixes!!O usos de peixinhos é uma forma interessante de combate aos mosquitos!! Essa estratégia tem sido utilizada em diversas cidades brasileiras com sucesso. Segundo os pesquisadores, mais de 250 espécies de peixes se alimentam das larvas de mosquito e algumas chegam a comer centenas delas em apenas um dia!! Por esta razão, criar peixinhos tem se revelado uma boa alternativa de controle biológico em todo o mundo. 
Há porém, certos cuidados a serem tomados na criação de peixes com esse propósito. O principal é que não devemos colocá-los em reservatórios de água para consumo humano, pois peixes também carregam micróbios e outros organismos que podem causar doenças aos seres humanos. Outro ponto importante é que nem sempre as pessoas criam peixes nativos da região onde vivem, o que pode ser um problema, caso eles sejam lançados em rios e lagos. Como não pertencem à fauna da região, eles podem se reproduzir bastante, competir com os peixes nativos e levá-los à extinção. 

Fonte: 
Revista Ciência Hoje das Crianças nº 253
Janeiro/Fevereiro de 2014, pág. 19
Texto (adaptado) de: 
Jean Carlos Miranda
Departamento de Ciências Exatas, Biológicas e da Terra,
Universidade Federal  Fluminense.
Cláudio Eduardo de Azevedo e Silva,
Instituto de Biofísica, 
Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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