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domingo, 13 de setembro de 2009

Sobre as mortes no Zoológico de Goiânia

Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente concluiu inquérito sobre as mortes no Zoológico de Goiânia

Após 50 dias, o inquérito sobre o Zoológico de Goiânia foi concluído e apontou nexo entre as causas de 6 das 23 mortes investigadas no processo, que inclui 9 tracajás e 1 tartaruga da Amazônia, vítimas de ataque noturno durante manejo no recinto onde viviam. De acordo com o documento, procedimentos anestésicos foram responsáveis por 5 das 70 mortes de animais no parque: o hipopótamo Fofão, 1 queixada fêmea, 1 leão, 1 onça pintada e 1 tamanduá-bandeira. Ainda há o caso da bisão fêmea, cuja morte supõe-se também ter sido causada por anestesia, que a Dema ainda aguarda a conclusão do laudo para definir a causa. Os demais casos foram considerados inconclusivos ou atribuídos a morte natural. Foi descartado o envenenamento de animais. Sobre a morte das duas girafas (que vieram de um circo) foi apontada a impossibilidade de atribuir responsabilidade, já que a causa da morte de uma delas ( a girafa Tico) foi anemia crônica, possivelmente causada por desnutrição. O laudo da morte da girafa Kim ainda não está pronto. O inquérito apontou negligência e responsabilizou o diretor do zoológico, funcionários do parque e mais um professor de um curso de pós-graduação que participou de procedimentos veterinários em animais do parque. Segundo o delegado Luziano de Carvalho, ninguém foi indiciado porque a lei de crime ambiental não prevê situações culposas, quando não há a intenção de matar. O que significa que as pessoas que foram responsabilizadas devem responder apenas civilmente pelas mortes. O documento será encaminhado ao Ministério Público (MP) que poderá concordar ( ou não) com o parecer da delegacia.
O diretor do parque, em entrevista coletiva, disse que não houve negligência em nenhum dos casos em que foi responsabilizado - ao lado de outros profissionais - pela morte dos animais. Segundo ele "todos esses animais foram anestesiados em função de problemas de saúde que apresentavam e, na nossa avaliação seria negligência se não realizássemos os procedimentos necessários."
Para que o Zoológico possa ser reaberto à visitação do público, o inquérito fez as seguintes recomendações:
  • Apresentação de laudo atestando que a visitação não apresenta risco à saúde do plantel e da coletividade.
  • Aquisição de aparelho de raio X portátil para exames nos animais.
  • Proibição de animais em circos em Goiás.
  • Revitalização do Parque Zoológico até que sua transferência definitiva seja realizada.

Fontes:
Jornal O Popular, de 11 de setembro de 2009
Ano 71, nº 20.341, página 02.
e
Jornal Diário da Manhã, de 11 de setembro de 2009
Edição nº 7978, página 02.

Veja notícia detalhada no DM Digital (edição 7978, Cidades, página 02) cujo endereço é:

http://www.dmdigital.com.br/index.php?edicao=7978

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