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sexta-feira, 15 de março de 2013

Cateto

Semelhante aos porcos domésticos e javalis, o cateto ( catitu ou caititu ) é um mamífero tímido e quieto. Porém, fica agressivo quando é incomodado. Assustado, faz um barulho que lembra o latido de um cão, arrepia os pêlos do pescoço e das costas, bate os dentes e exala forte cheiro por meio de uma glândula localizada perto da cauda.
Apesar de ter o corpo parecido com o dos porcos, as patas do cateto são mais finas e longas. Sua cauda é tão fina que quase não dá para ver. Ele tem pêlos cinza-escuro, mas ao redor do pescoço há pelos brancos formando um colar. Já o focinho é alongado , o que facilita o uso para remexer o solo em busca de alimentos. Os dentes caninos formam pequenas presas bastante afiadas, mas não tão grandes como as do javali.
Os catetos andam em grupos de 5 a 15 animais. Caminham pelas trilhas em fila e separam-se apenas para procurar comida: frutos, raízes, plantas, lesmas, larvas e outros pequenos animais. O mesmo cheiro que o cateto exala quando está assustado serve para marcar território e para animais de um mesmo grupo se reconhecerem.
De acordo com a localidade, é fácil encontrar o cateto em atividade à noite ou em horas de temperatura amena. Ele dorme em tocas feitas em arbustos, pedras ou túneis fundos construídos sob as raízes de árvores. Costuma ter apenas uma ninhada por ano. O período de gestação dura cerca de quatro meses e as fêmeas dão à luz um ou dois filhotes. Horas depois do nascimento, os pequenos catetos já correm e seguem a mãe, que cuida dos filhotes até os três meses de idade.
Animal do Cerrado e também de biomas como Pantanal e Mata Atlântica, era um animal bastante comum no Brasil. Mas seu habitat começou a ser destruído e ele tornou-se alvo dos caçadores por causa de sua pele - usada na fabricação de couro - e carne. Atualmente, a espécie está ameaçada de extinção em alguns estados brasileiros. (Texto c/ algumas adaptações).

Fonte:
Revista Ciência Hoje das Crianças nº 119,
de novembro de 2001. Texto de Tatiana Teixeira Leite Ribeiro e
Helena Godoy Bergalho, publicado na página 16. Foto:Zig Koch - páginas 14 e 15.

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