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sábado, 21 de novembro de 2009

Zoo de Goiânia: MP recomenda retirada de animais que não pertencem ao plantel.

MP recomenda a retirada de animais que não pertencem ao plantel do Zoológico

O procurador da República, Adrian Ziemba, recomendou a transferência de quatro onças suçuaranas e 8 cachorros-do-mato do Zoológico de Goiânia para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas). De acordo com o procurador, esses animais, que não pertencem ao plantel do zoológico, estão em condições inadequadas. Por exemplo, com relação às onças do plantel, cada recinto de suçuarana do zoo tem área de cerca de 60 m². Já na área extra, onde se encontram as que não pertencem ao plantel, cada recinto só possui 16m².
Mesmo no Cetas, será necessário a construção de novos recintos para receber animais, sendo necessário o investimento de recursos de cerca de 800 mil reais para a adequação.
O zoo, porém, já está sendo adaptado. Algumas adequações que não precisam de licitação e que são de custo reduzido, já estão sendo implementadas. É o caso da substituição de ninhos das aves, que estão sendo feitas pelos funcionários da casa e já ocorrem em 12 recintos. Ao invés de ficar totalmente dentro dos recintos, os novos ninhos tem os fundos voltados para o corredor de segurança, o que facilita a higienização e o manejo dos filhotes, sem estressar a mãe.
A direção do zoo fará também, além de uma cerca viva, um recuo das grades que separam o público visitante, dos animais, principalmente dos grandes mamíferos.
O zoológico continuará fechado ainda nas próximas férias, e a população, principalmente as crianças terão um lazer a menos.


Fonte:
Jornal O Popular, de 20 de novembro de 2009
Cidades, página 3
Ano 71, nº 20.411

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Zoológico de Goiânia: TAC é assinado em 28/09/09

Zoológico de Goiânia
O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que vai determinar a reabertura do Zoológico de Goiânia, fechado desde o final de julho devido a várias mortes de animais, foi assinado no dia 28/09/09, tendo como signatários a Prefeitura de Goiânia, a Amma, o Zoológico, o Centro de Controle de Zoonoses, o Ibama e os Ministério Publicos Federal e Estadual. O prazo para o cumprimento do acordo varia conforme cada item proposto e vai de 45 dias a 1 ano. O documento estabelece uma série de ações e medidas a serem implantadas pela direção do parque para garantir o bem-estar dos animais e da população, antes que o local seja reaberto à visitação.
Entre as principais medidas propostas para a reabertura estão:
  • Plantel - O zoo deverá encaminhar ao Ibama, anualmente, o relatório de evolução do plantel e apresentar, em até 90 dias, programa de controle de vermifugação, alimentação balanceada e de vistorias diárias aos recintos.
  • Instalações - O zoológico deve ter setor separado para a realização de quarentena e creche efetiva, onde animais excedentes não devem ser mantidos. O setor extra deverá ser reformado, os recintos enriquecidos e, aqueles que mantém carnívoros deverão ganhar corredores de segurança, sendo que o zoológico deverá elaborar os projetos para adequar esses ambientes em até 60 dias, submetendo-os à análise do Ibama, e, quando aprovados, implementá-los em até 180 dias.
  • Recintos - As recomendações são várias, desde o encaminhamento ao Ibama de plantas baixas, até adequações na parte de iluminação, para conter o excesso de umidade e reforma estrutural nos abrigos, além de diminuição da densidade ocupacional em recintos específicos. Os projetos de adequação dos recintos devem ser apresentados pelo zoo ao Ibama em até 60 dias. O prazo para a execução das obras é de até um ano, a contar de sua aprovação.
  • O Parque deverá apresentar, em até 60 dias, plano de controle de animais sinantrópicos (como pombos e urubus), que será submetido à discussão, com a participação do Centro de Controle de Zoonoses.

Fonte:
Jornal O Popular, de 29 de setembro de 2009
Ano 71, nº 20.359

Prefeitura estuda áreas para mudança do zoológico

A Prefeitura de Goiânia estuda algumas áreas para a transferência do zoológico da cidade, que funciona há mais de 50 anos, em condições inadequadas aos animais, devido ao espaço e a convivência com fatores extressantes, como poluição ambiental e sonora. As mortes de animais de grande porte ocorridas este ano, chamaram a atenção da população e autoridades e mostrou a urgência de transferência do parque, que funciona atualmente na região central da cidade, ocupando uma área de cerca de 5 alqueires e em condições inadequadas e insalubres. O espaço foi planejado há mais de 50 anos, quando a ideia de zoológico era bem diferente. Ao projetar a transferência, a ideia é que o novo zoológico se localize em local de fácil acesso, porém mais afastado da área urbana e com um espaço que tenha pelo menos o dobro do atual.

Segundo Clarismindo Jr. - Presidente da Amma (Agência Municipal de Meio ambiente) com a mudança do zoo para outra área, a ideia é transformar o lugar onde o mesmo funciona hoje, em uma espécie de Central ParK (Parque de Nova York), com a permanência de animais de pequeno porte e um centro de educação ambiental.

A mudança do zoológico deverá ocorrer em torno de dois anos, mas enquanto isso, o atual parque zoológico passará pelas adequações citadas no Termo de Ajustamento de Conduta.

Fonte:
Jornal O Popular, dos dias 18 e 29 de setembro de 2009

domingo, 13 de setembro de 2009

Sobre as mortes no Zoológico de Goiânia

Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente concluiu inquérito sobre as mortes no Zoológico de Goiânia

Após 50 dias, o inquérito sobre o Zoológico de Goiânia foi concluído e apontou nexo entre as causas de 6 das 23 mortes investigadas no processo, que inclui 9 tracajás e 1 tartaruga da Amazônia, vítimas de ataque noturno durante manejo no recinto onde viviam. De acordo com o documento, procedimentos anestésicos foram responsáveis por 5 das 70 mortes de animais no parque: o hipopótamo Fofão, 1 queixada fêmea, 1 leão, 1 onça pintada e 1 tamanduá-bandeira. Ainda há o caso da bisão fêmea, cuja morte supõe-se também ter sido causada por anestesia, que a Dema ainda aguarda a conclusão do laudo para definir a causa. Os demais casos foram considerados inconclusivos ou atribuídos a morte natural. Foi descartado o envenenamento de animais. Sobre a morte das duas girafas (que vieram de um circo) foi apontada a impossibilidade de atribuir responsabilidade, já que a causa da morte de uma delas ( a girafa Tico) foi anemia crônica, possivelmente causada por desnutrição. O laudo da morte da girafa Kim ainda não está pronto. O inquérito apontou negligência e responsabilizou o diretor do zoológico, funcionários do parque e mais um professor de um curso de pós-graduação que participou de procedimentos veterinários em animais do parque. Segundo o delegado Luziano de Carvalho, ninguém foi indiciado porque a lei de crime ambiental não prevê situações culposas, quando não há a intenção de matar. O que significa que as pessoas que foram responsabilizadas devem responder apenas civilmente pelas mortes. O documento será encaminhado ao Ministério Público (MP) que poderá concordar ( ou não) com o parecer da delegacia.
O diretor do parque, em entrevista coletiva, disse que não houve negligência em nenhum dos casos em que foi responsabilizado - ao lado de outros profissionais - pela morte dos animais. Segundo ele "todos esses animais foram anestesiados em função de problemas de saúde que apresentavam e, na nossa avaliação seria negligência se não realizássemos os procedimentos necessários."
Para que o Zoológico possa ser reaberto à visitação do público, o inquérito fez as seguintes recomendações:
  • Apresentação de laudo atestando que a visitação não apresenta risco à saúde do plantel e da coletividade.
  • Aquisição de aparelho de raio X portátil para exames nos animais.
  • Proibição de animais em circos em Goiás.
  • Revitalização do Parque Zoológico até que sua transferência definitiva seja realizada.

Fontes:
Jornal O Popular, de 11 de setembro de 2009
Ano 71, nº 20.341, página 02.
e
Jornal Diário da Manhã, de 11 de setembro de 2009
Edição nº 7978, página 02.

Veja notícia detalhada no DM Digital (edição 7978, Cidades, página 02) cujo endereço é:

http://www.dmdigital.com.br/index.php?edicao=7978

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Os problemas no Zoológico de Goiânia

Descontrole sobre plantel e irregularidades são alvo de investigação no Zoológico de Goiânia

O Jornal O Popular noticiou hoje mais informações sobre os acontecimentos que tem intrigado e deixado perplexa a população: as mortes em série de animais no Zoo de Goiânia.
Na semana passada foi formada uma equipe composta por membros de várias instituições, entre elas, o próprio Zoológico, O Ibama de Goiás e do Distrito Federal, o Conselho de Veterinária e a Universidade Federal de Goiás, para levantar os problemas existentes no zoo e fazer um diagnóstico emergencial único, indicando caminhos.
Conforme noticiado em O Popular: "Em meio à série de mortes de animais, investigações da Polícia Federal e do Ibama apontam problemas e irregularidades no Zoológico de Goiânia. Entre 2003 e 2004, 311 bichos sumiram sem comprovação de mortes ou retirada. O fluxo de espécies é discrepante em relação ao plantel de hoje de 540 animais. De 2001 a 2005, 2.239 bichos chegaram ao Zoo, que recebia só R$1.000, 00 reais por ano para comprar remédios veterinários. Apesar da lotação, eram feitas permutas irregulares, principalmente com criadores particulares e troca de espécies por material de construção, insumos para laboratório e remédios."
As investigações da Polícia Federal e Ibama apontam que são inúmeros os problemas e irregularidades no Parque Zoológico, onde desde Janeiro de 2009 até o dia 28/08/09, já morreram 69 animais. Em cinco anos ( de 2001 a 2005) 2.239 bichos de diferentes espécies chegaram ao parque. Embora o zoológico só dispusesse de hum mil reais por ano para comprar remédios veterinários, os animais não paravam de entrar. Com superlotação, permutas irregulares eram realizadas, principalmente com criadores particulares. O zoo recebia animais com estado de saúde e procedência praticamente desconhecidos; trocava espécies por material de construção, insumos para laboratório e medicamentos; mesmo com superlotação, a estrutura do local era utilizada por criadores particulares para manter seus animais por determinado período.
O fluxo intenso de animais, sem as mínimas condições de atendimento médico-veterinário, fez explodir a quantidade de mortes a partir de 2005. Conforme o levantamento fornecido para as investigações da PF, foram 47 mortes em 2001, 26 em 2002, 15 em 2003 e 9 em 2004. Em 2005, o número subiu para 165 animais mortos.
O Ibama até chegou a mudar a direção do Parque pelo desaparecimento de 125 animais em 2005. E um inquérito policial foi aberto em 2005 para investigar um suposto tráfico e encerrado em Julho deste ano, onde ninguém foi indiciado por duas razões: falta de provas do tráfico de animais, já que não houve individualização das responsabilidades pelo sumiço de dezenas de espécies; e a prescrição dos outros crimes cometidos como a permuta ilegal de bichos do Zoológico. O processo está na Justiça Federal, à espera de uma decisão sobre a continuidade das apurações. No último dia 10, o procurador da República Divino Donizete da Silva encaminhou os autos para o Ministério Público estadual, para que sejam apurados indícios de improbidade administrativa e de crimes contra a administração pública estadual e municipal.
Com as investigações, a PF conseguiu identificar onde estão os criadouros que mais recebiam animais silvestres do Zoológico. Eles estão em cidades goianas como: Hidrolândia, Nazário, Jaraguá, Corumbaíba, Crixás e Aparecida de Goiânia. A essas empresas eram feitas doações, empréstimos, transferências e permutas de bichos, prática recorrente também com os zoológicos de Brasília e São Paulo, com parques em Goiás e em Pernambuco e com universidades.

Fonte:
Jornal O Popular, de 31 de agosto de 2009
Ano 71, nº 20.330
Páginas 4 e 5

Esperamos que as investigações sejam concluídas e que sejam apuradas as devidas responsabilidades, pois o Zoológico de Goiânia é um lugar de referência para a visitação da população, principalmente nos finais de semana, que pode assim conhecer uma diversidade de animais, inclusive muitos animais da fauna do Cerrado.
A população está consternada com tantas mortes de animais e espera ver o caso solucionado.

Veja um vídeo no G1 e também mais informações. É só clicar no link:
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1283839-5598,00.html

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Zoológico de Goiânia

Mistério no Zoo
Sabotagem ou surto de doença?

O Parque Zoológico de Goiânia, que está fechado à visitação, já contabilizou várias mortes de animais só em 2009. Foram 9 carnívoros de grande porte, 16 répteis, 11 mamíferos (incluindo um filhote de anta que nasceu no último domingo, dia 23), 16 aves, 9 tracajás e 1 tartaruga da Amazônia.
Suspeitas de sabotagem ou surto de doenças no Zoológico estão sendo investigadas.
Há relação entre as mortes, ou é apenas uma triste coincidência?
A morte da girafa Kim, o 62º óbito no Parque Zoológico de Goiânia somente neste ano, levantou a suspeita de ações criminosas dentro do parque. O Ministério Público Federal em Goiás (MPF), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) e a Delegacia Estadual do Meio Ambiente (DEMA) passaram a concentrar as investigações na hipótese de mortes provocadas dos bichos. Também são investigados surtos de doenças e as condições físicas do parque.
Por causa das sucessivas mortes, o zoo está interditado desde o dia o último dia 20 de julho. Diferentes investigações estão sendo conduzidas sobre as mortes.
Essa é uma triste história que está tomando ares de filme de terror. O público não se conforma e nem entende a infeliz coincidência de tantas mortes de animais em tão pouco tempo. Casos pontuais (ou não), morte por idade, por ataque de outro animal carnívoro e, a morte ainda sem explicação da girafa Kim, estão deixando a população triste e ao mesmo tempo perplexa diante dos fatos. A situação do zoo é urgente e dá margens às mais diversas interpretações.
É preciso apuração urgente e rigorosa dos fatos, porque não dá mais para ficar assistindo a toda essa história de mortes sucessivas. Esperamos que as autoridades competentes não poupem esforços no sentido de elucidar o caso. Mas enquanto isso, o termo de ajustamento de conduta (TAC) que tentará frear as mortes no Zoológico de Goiânia continua no papel, sem um texto definido.

Fonte:
Jornal O Popular
Cidades - páginas 3 e 4, de 26 de agosto de 2009.

Sobre o assunto, veja também:
Zoológico de Goiânia registra mais 10 mortes;total vai a 60
Diário da Manhã - versão digital(veja a edição 7962 do dia 26/08/09)